sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fichamento 10 - Gincana de Genética


ODONTOLOGIA RACIAL: Genética de populações
Autores: Ciro Reis Rodrigues; Eduardo Mattos Ponce de Lion; Frederico Kleinsorge Daibert; Gustavo Silva Gouvêa; José Fontes; Leonardo Pereira Lucas.
Genética de populações é o ramo da genética que trata dos problemas relacionados com a distribuição dos genes e genótipos nas populações. Preocupa-se, portanto, com a natureza e origem das diferenças genéticas, sua manutenção ou processo de eliminação, bem como com o cálculo de suas freqüências relativas.
Um odontólogo precisa ter noções sobre esta área da genética, uma vez que, através desta informação, ele poderá calcular a freqüência de portadores assintomáticos de doenças hereditárias que afetam os dentes, o que é muitas vezes indispensável para fornecer aconselhamento sobre probabilidade de prole afetada. Há, porém, uma área de atuação do odontólogo na qual é especialmente importante ter noções claras sobre a genética de populações: é a do uso dos raios-X para fins diagnósticos de problemas dentários.
A genética de populações tem como seu princípio básico a lei de Hardy-Weinberg, assim denominada em homenagem a seus descobridores, G. H. Hardy, matemático inglês, e W. Weinberg, médico alemão. Antes da derivação desta lei, em 1908, partindo da observação de que nas segregações familiares a proporção, no casamento de dois heterozigotos para um par de genes autossômicos, era de 3 fenótipos dominantes para 1 recessivo, supunha-se que fatalmente, após um determinado número de gerações, só deveriam subsistir na população genes dominantes (uma situação que poderia ser denominada de genofagia). Estes dois cientistas, no entanto, demonstraram que na ausência de fatores que perturbem esta distribuição e numa população com cruzamentos ao acaso, a proporção de caracteres dominantes e recessivos pode ser de qualquer tipo e as freqüências relativas de cada alelo tendem a permanecer constantes de geração a geração (grifo nosso).
A lei de Hardy-Weinberg descreve a estática da distribuição gênica, e é válida apenas para genes em equilíbrio. Os principais fatores que podem alterar este equilíbrio são a mutação e a seleção natural. Em casos especiais, e principalmente em populações pequenas, a deriva genética também pode ser responsável por mudanças.
Mutação pode ser considerada como qualquer alteração no material genético. Essas alterações ocorrem espontaneamente em uma taxa média de 1:100.000 ( lx10 -5); isto é, em cada geração celular, em um loco especifico, 1 alelo em cada 100.000 replica-se erroneamente. Porém, existem fatores como as radiações e as substâncias químicas diversas podem aumentar a taxa espontânea de mutação.
A definição de Charles Darwin de seleção natural é muito simples e clara; ela envolve "a preservação das diferenças individuais e variações favoráveis e a destruição das prejudiciais''. Constitui este processo, juntamente com a mutação, os dois fatores fundamentais responsáveis pela evolução biológica. A seleção determina mudanças de cunho determinista (podem ser previstas); mas há elementos de puro acaso que podem influir na passagem dos genes de uma geração a outra, que são englobados sob a denominação geral de deriva genética.
Os processos acima indicados são responsáveis pela variabilidade genética existente numa espécie; através do isolamento geográfico é possível o estabelecimento, dentro de cada espécie, de unidades populacionais características, as raças.
As raças diferem entre si em um grande número de características dentárias. Algumas dessas diferenças relacionam-se com a seqüência e cronologia da erupção dentária, bem como com o tamanho e proporção de dentes e arcadas.

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