sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fichamento 6 - Gincana de Genética


História do Processo de Individualização da Criança: Reflexos na Odontologia

Profa. Dra. Andiara De Rossi




A visão e o interesse que se tem pela criança hoje em dia, bem como o relacionamento entre o adulto e a criança, sofreram importantes mudanças ao longo do tempo. A individualização da criança é importante nos direcionamentos de atitudes em Odontopediatria. O conhecimento da atenção à  criança a partir de uma perspectiva histórica permite fornece elementos para que se busque a compreensão de seu sentido e significado dentro de um contexto mais amplo. Este artigo tem como objetivo apresentar as diferentes concepções da criança e de sua educação dentro da família em diferentes contextos sócio-histórico-culturais, que culminaram com a criação da especialidade de Odontopediatria.
Historicamente, a Odontologia se direcionou para o atendimento de crianças a partir dos 6 anos de idade, deixando em planos secundários a atenção voltada para a gestante e para o bebê (paciente na faixa de zero a três anos de idade). Este fato ocorreu principalmente devido a problemas referentes ao acúmulo de doença, ao estabelecimento de prioridades e à deficiência de recursos humanos e financeiros na área da saúde bucal. Ainda hoje, um fator que limita a atenção odontológica aos bebês é a influência cultural da população. Entretanto, diante dos novos conhecimentos sobre psicologia infantil e sobre a importância da manutenção dos dentes decíduos no arco, até sua esfoliação, os conceitos sobre o atendimento Odontopediátrico sofreram profundas e importantes transformações. Durante séculos predominou na Europa ocidental uma consciência “naturalista” da vida e da passagem do tempo.
Na Odontologia em 1897 houve primeiro registro de serviços profissionais dedicados à criança, e em 1925, o primeiro livro sobre Odontologia Infantil, ambos nos EUA. No Brasil, em 1923, Pereira lança o livro Educação Dentária da Criança, enfatizando que “é necessário começar a profilaxia de cárie no ventre materno, com formação de órgãos dentários sadios e bem calcificados”, já preconizando a necessidade de limpeza dos dentes logo que irrompessem. O primeiro relato de atenção Odontológica voltada para bebês data de 1986, com a criação da Clínica de Bebês da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que oferece medidas educativas direcionadas aos pais, além de tratamento Odontológico direcionado especificamente aos bebês. O programa, que dura 15 anos, mostra seus resultados positivos a favor de uma Odontologia preventiva, e transfere esta prática ao setor público, Universidades e profissionais que exercem atividades em clínica particular. A partir de então, surgiram diversos relatos na literatura sobre experiências com bebês, como o de Goepferd, sobre um trabalho desenvolvido durante 18 meses, que envolveu a participação de 180 bebês em um Programa de Saúde Bucal na Universidade de IOWA. Desta experiência, concluiu-se que o contato com os pais e crianças, por meio da demonstração de técnicas de higiene bucal e avaliação individual da situação familiar foram imperativos para a obtenção de ótimos resultados em saúde bucal. 

Fichamento 5 - Gincana de Genética


Fichamento de artigos de genética ou odontologia
O Biólogo Alysson Muotri quer fazer cobaia com neurônio de criança autista.
RAFAEL GARCIA
da Folha de S.Paulo
            O biólogo Alysson Muotri publicou um trabalho envolvendo injeção de células humanas em embriões de roedores, em 2005. No intuito de mostrar como usar a técnica para estudar doenças humanas em cobaias. E seu objetivo agora será posto à prova, num trabalho sobre autismo.
O experimento que o grupo do biólogo na Universidade da Califórnia em San Diego está fazendo começa com a obtenção de células de crianças portadoras da doença, daí elas são depois revertidas para o estágio similares ao de células-tronco de embriões e então transformadas em neurônios primitivos.
Essas células, então, podem ser usadas tanto para estudar aspectos celulares e moleculares do autismo quanto para a injeção em embriões de animais. Uma vez chegando a esse estágio, os cientistas serão capazes de criar quimeras: indivíduos em que uma parte das células tem DNA de uma espécie, e uma segunda parte, de outra.
Usando esses animais quiméricos para compará-los com outros comuns, Muotri espera obter informações sobre como o autismo se manifesta fisiologicamente. É uma abordagem ousada para estudar uma doença ainda cercada de mistério.
"Ainda não se sabe bem como é a divisão entre a contribuição ambiental e a contribuição genética do autismo", diz Muotri.
O grupo de pesquisa que vencer a corrida para resolver esse problema será o primeiro a obter cobaias com traços autistas, epilépticos.

Fichamento 4 - Gincana de Genética


Polêmico: Exames propõem avaliar risco de doenças ligadas à alimentação, como obesidade, intolerância à lactose e ao glúten.
Fonte: Karina Toledo – O Estado de S.Paulo   25/01/2011 - 11:31
Médicos brasileiros estão oferecendo no próprio consultório testes genéticos para avaliar o risco de doenças ligadas à alimentação, como obesidade, intolerância à lactose e ao glúten. Especialistas em genética, no entanto, questionam a utilidade clínica desse tipo de exame, que pode custar mais de R$ 1.600.
O exame é feito com uma amostra de células bucais do paciente, que o médico colhe com cotonete, deposita em papel especial e encaminha para o laboratório. A análise dos genes indica se a pessoa tem perfil favorável ao surgimento de algumas enfermidades. Mas no caso de doenças como obesidade e câncer, que também dependem de fatores ambientais, especialistas afirmam não ter grande utilidade.
Uma das empresas que comercializam os testes preditivos no País é a Eocyte Pharma Care, que oferece exames para 36 doenças. O carro-chefe são os três da área de nutrigenômica: intolerância à lactose (Deficiência na produção da enzima que digere a lactose. Pode ser congênita, causada por doença ou surgir com a idade. O exame identifica predisposição ao 3º tipo); Doença celíaca (Intolerância ao glúten, centeio, cevada, aveia e malte. O exame não substitui a biópsia intestinal no diagnóstico); e obesidade (Causada por fatores genéticos (já foram identificados mais de 500 genes) e ambientais. O teste avalia 5 genes), que supostamente também mede o risco de diabete e problemas cardíacos.
Cláudia Moreira, gerente científica da Eocyte, conta que há pelo menos 15 médicos – entre pediatras, endocrinologistas, nutrólogos, gastroenterologistas e cardiologistas - que oferecem os testes a seus pacientes. “Há outros que fazem pedidos eventuais, mas não coletam o material no consultório. Eles encaminham os pacientes a um dos laboratórios conveniados.”
O material é encaminhado pela Eocyte para ser analisado em Portugal e 15 dias depois o laudo é enviado para o médico.
Um dos adeptos é o nutrólogo Dan Linetzky, diretor do Ganep. “Nos casos leves de intolerância à lactose e doença celíaca nem sempre é fácil fechar um diagnóstico com os exames tradicionais. Esta é mais uma ferramenta.”
Além dos exames de intolerância ao glúten e à lactose, o spa médico Kurotel, em Gramado (RS), oferece o controverso teste preditivo para obesidade. “Ele ajuda a entender melhor as razões que levam ao sobrepeso e, com isso, podemos ir mais diretamente à causa”, diz a nutróloga Mariela Oliveira.
A idéia é boa, mas não existe conhecimento científico suficiente para colocá-la em prática, afirma Salmo Raskin, presidente Sociedade Brasileira de Genética Médica.
“O teste analisa apenas cinco genes relacionados à obesidade e já foram identificados mais de 500. Pode haver ainda muito mais. Também não se sabe qual é o peso da genética no desenvolvimento da doença.”

Fichamento 3 - Gincana de Genética


Doença de Paget e Síndrome de Gardner - Seu interesse para a Odontologia: diagnóstico e conduta.
 Autor: PEREIRA, P. M. JR; SANTOS, S. M.; SODRÉ, N.
Disciplina Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial – UNIVERSO
A Doença de Paget é uma desordem crônica focal que ocorre quando o processo normal de remodelação óssea perde o controle, sendo caracterizada por reabsorção óssea excessiva, seguida por formação exagerada do osso e a Síndrome de Gardner uma patologia autossômica dominante é caracterizada pelo desenvolvimento durante a infância ou adolescência de centenas a milhares de pólipos adenomatosos em cólon associada a tumores benignos de partes moles (como fibromas e cistos epidermóides), osteomas (incluindo lesões ocultas de mandíbula), e tumores desmóides. Levando em consideração a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico precoce dessas doenças, em vista de seu comprometimento bucal.
A síndrome de Paget foi primeiramente descrita por Sir James Paget em 1877, sendo um distúrbio localizado da remodelação óssea, que atinge tanto homens quanto mulheres e cujo diagnóstico quase sempre é feito após 50 anos. Sir James Paget, em Londres descreveu cinco casos de uma desordem óssea deformante, de progressão lenta que denominou de osteíte deformante.
A Doença de Paget foi dividida em três fases: Fase de reabsorção inicial – intensa osteólise, normalmente envolvendo ossos longos como fêmur, tíbia e crânio; Fase vascular com reparação osteoblástica – estágio misto, onde a reabsorção e a formação óssea estão associadas com o crescimento de tecido fibroso altamente vascularizado; Fase esclerosante aposicional – osso cortical e trabecular invadem a medula óssea.
            A maioria dos casos são assintomáticas e descobertas inicialmente por exames realizados rotineiramente na clínica. Pode ocorrer também dor óssea e enrijecimento nas articulações adjacentes a área acometida, sendo de suma importância que o cirurgião dentista esteja atento as características radiográficas da lesão. Alguns sintomas decorrentes de amplificações da doença incluem deformidade, fraturas, compressão de nervos cranianos e osteossarcoma. A maxila é cerca de duas vezes mais afetada por essa doença do que a mandíbula. O aumento do rebordo alveolar promove o achatamento do palato, assim como mobilidade dentária, resultando no aparecimento de diastema.
            Já a Síndrome de Gardner é de interesse para a odontologia, pois os dentes inclusos e os osteomas dos maxilares podem levar ao diagnóstico precoce da síndrome, já que a maioria dos pacientes com a mesma não irão exibir o espectro completo da expressão clínica da doença. Logo, a presença de osteomas múltiplos dos maxilares e osso da face, pode levar algum profissional a investigar a possibilidade de se obter a síndrome. É importante e necessário ter conhecimento do quadro clínico da síndrome, para evitar que casos passem despercebidos. A conduta clínica adotada no tratamento deverá ter enfoque multidisciplinar, ocorrendo tratamentos cirúrgicos e oncológicos. Para que se possa caracterizar a síndrome é necessária a investigação completa dos casos, bem como a validade de investigação familiar e segmento em cada paciente.

Fichamento 2 - Gincana de Genética


Ausência genética de dentes: Anodontia
Revista de Atualização Médica

Fonte: www.dentalpress.com.br
A anodontia (ausência de dentes) apresenta padrões de transmissão genética autossômica e heterossômica, que podem atingir ambas dentições, podendo causar modificações na forma e tamanho dos dentes homólogos e sucessores, fato importante no planejamento ortodôntico.
Os dentes mais afetados por esta anomalia são: os terceiros molares, incisivos laterais e pré-molares. Quanto à raça, o sexo e a localização, os estudos são divergentes. A anodontia requer uma conduta preventiva por parte dos odontopediatras e ortodontistas, através de exames clínicos e radiográficos completos e detalhados, e requer ainda uma atuação multiprofissional quando associada a outros distúrbios mastigatórios e síndromes faciais, como o lábio leporino e fenda palatina.

           A . V .Vieira, odontopediatra, da Universidade de Iowa, Estados Unidos afirma que os defeitos genéticos responsáveis pela agenesia dentária estão sendo agora localizados, tanto em ratos como em humanos nos genes MSX1 e PAX9. Em algumas famílias a segregação endeliana pode ser identificada. Múltiplos e heterogêneos devem fazer parte da transmissão dessa anomalia.